As empresas interessadas em participar da licitação internacional da PPP (Parceria Público-Privada) do Sistema Produtor de Água São Lourenço, projeto da Sabesp que vai ampliar o fornecimento de água para as cidades da região Oeste, entregaram suas propostas na última quinta-feira. Já a conclusão de todo o processo licitatório do projeto está prevista para o 2º semestre desse ano. Com isso, o contrato para início das obras deve ser assinado em setembro deste ano.

Com a entrada em operação do sistema, serão acrescidos 4,7 mil litros por segundo à capacidade de produção de água da companhia, que hoje é de 72,8 mil l/s, o que representa uma ampliação de 7%, a partir da captação de água da represa Cachoeira do França, em Ibiúna. Esse volume vai atender diretamente 1,5 milhão de moradores de Barueri, cidade de Carapicuíba, Cotia, Itapevi, Jandira, Santana de Parnaíba e Vargem Grande Paulista.

O novo sistema produtor será integrado aos outros já operadores pela Sabesp. Para trazer a água à região, o projeto vai envolver investimentos de R$1,68 milhões. Um dos pontos principais, em seu trajeto, será o bombeamento da água para a cidade de Jandira e para superar o desnível de 300 metros da Serra de Paranapiacaba. Ele envolve, ao todo, uma Estação de Tratamento de Água, estações elevatórias, 78,3 km de adutora principal e mais 4,9 km de adutoras auxiliares, além de reservatórios para armazenar um total de 110 milhões de litros de água bruta ou tratada. Segundo a Sabesp, uma parte da tubulação principal terá 2,10 metros de diâmetro, metade de um túnel de metrô.

A empresa vencedora da licitação, além de ficar encarregada das obras, vai operar o sistema por 20 anos. A expectativa é de que sejam criados, com o projeto, 2 mil empregos diretos e indiretos. Ele envolve ainda ações de sustentabilidade. A Estação de Tratamento de Água, que será construída em Vargem Grande Paulista, vai contar com ventilação e iluminação naturais, energia solar e reúso da água de chuva. Além disso, a captação de água, em Ibiúna, será interrompida diariamente durante quatro horas, no intervalo de pico de consumo energético.

Fonte: WEB Diário